A União dos Corretores de Seguros (UCS) promoveu, no dia 29 de julho, mais uma edição do seu tradicional encontro “Trocando Ideias”, reunindo mais de 70 corretores e convidados em São Paulo para uma conversa direta com executivos do Grupo HDI. Com apresentações do diretor regional para São Paulo Capital e Baixada Santista, Paul Canarin, da superintendente de Produto Auto, Patrícia Cappobianco, e do gerente comercial da Fácil Assist, Hugo Imaniche, o evento abordou desde os movimentos estratégicos da seguradora até o funcionamento da operação de assistência 24h.

Na abertura, o presidente da UCS, Augusto Esteves, destacou a importância do diálogo com as companhias. “Entender as diretrizes das seguradoras e estreitar laços institucionais é essencial para o corretor atuar com mais estratégia e protagonismo”, afirmou. A entidade, que tem mais de 280 associados no Brasil, mantém uma agenda contínua de encontros técnicos, grupos de estudo e atividades de integração — como a próxima visita à Rota do Vinho de São Roque, marcada para 23/08.
Uma seguradora em expansão
Representando a HDI, Paul Canarin iniciou sua fala com um panorama da atuação do grupo no Brasil e na América Latina. Ele destacou que, nos últimos três anos, o conglomerado realizou mais de R$ 10 bilhões em investimentos no país, considerando aquisições e aportes orgânicos. Entre as incorporações mais recentes estão a Liberty, Sompo Consumer, a corretora digital Youse, a carteira de Property & Casualty da LSM e a operação da Global Seguros.
“Esse movimento faz parte da estratégia mundial do grupo, que enxerga a América Latina como seu maior vetor de crescimento. A Europa ainda é o colchão de rentabilidade, mas é aqui que está o potencial de desenvolvimento. E o Brasil está no centro dessa aposta”, explicou Canarin.
Segundo ele, a companhia atua hoje com nove filiais somente na capital paulista, além de unidades regionais e plataformas de atendimento virtual. “Temos estrutura robusta para atender os corretores com proximidade e eficiência. O corretor é o nosso principal canal, e precisamos estar onde ele está”, reforçou.

Três marcas para perfis diferentes
Em seguida, Patrícia Capobianco detalhou a estratégia de produtos da seguradora, que atualmente opera com três marcas no seguro auto individual: HDI, Yelo e Alliro. Cada uma delas possui posicionamento próprio, pensado para atender diferentes perfis de consumidor:
- HDI: marca “justa”, com foco em precisão e segurança ao longo da jornada do segurado.
- Yelum: marca “flexível”, com origem na antiga Liberty, voltada para personalização e agilidade.
- Alliro: marca “de combate”, com produtos enxutos, voltados ao público mais sensível a preço.
Segundo a executiva, o portfólio soma 18 produtos — 12 no auto individual e 6 em frota, com ampla flexibilidade de coberturas, limites e faixas de aceitação. “Temos o portfólio de automóvel mais completo do mercado, com produtos que vão de R$ 30 mil a R$ 2 milhões de LMI, incluindo opções exclusivas para veículos de luxo”, afirmou.
Entre as melhorias recentes, ela destacou:
- Comissão de até 35% padronizada entre os produtos;
- Franquia reduzida de 25% agora disponível nos produtos HDI;
- Inclusão da calibragem de ADAS sem custo após troca de para-brisa, benefício inédito no mercado;
- Parcelamento em até 12x sem juros no cartão de crédito;
- Validade da cotação de 10 dias, padronizada em todas as marcas;
- Implantação da Carta Verde automática no seguro auto, inicialmente nos estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
Patrícia também reforçou que muitas melhorias surgiram de demandas diretas dos corretores. “A HDI está em constante escuta. Estamos evoluindo o tempo todo, e os corretores fazem parte ativa dessa construção”, destacou. Ela ainda sinalizou que, embora as tarifas entre marcas ainda não estejam harmonizadas, há um plano de alinhamento gradual, respeitando o posicionamento de cada bandeira.

Assistência sob controle
Encerrando o evento, Hugo Imaniche apresentou a estrutura e operação da Fácil Assist, empresa de assistência 24h do Grupo HDI. Fundada em 2011 e adquirida pelo grupo após a fusão com a Liberty, a Fácil é hoje a segunda maior empresa do setor no país, com mais de 600 funcionários CLT e dois centros operacionais — um em São Paulo e outro em São Bernardo do Campo — que funcionam de forma redundante para garantir a continuidade do atendimento.
Um dos principais diferenciais apresentados por Hugo foi o alto grau de automação: mais de 70% dos acionamentos são feitos por meios eletrônicos, com rastreamento por GPS e atualizações em tempo real enviadas ao cliente por WhatsApp. “Nos inspiramos em plataformas como Uber e iFood para garantir que o usuário saiba exatamente o que está acontecendo durante a assistência”, explicou.
Apesar do avanço tecnológico, o executivo reconheceu os desafios. “Medimos tudo. Sabemos quando há atraso e temos protocolos para reagir rapidamente. Nosso tempo médio de chegada em São Paulo é de 47 minutos via GPS e 56 minutos no geral”, disse. Os dados são acompanhados por indicadores de satisfação, como o NPS (Net Promoter Score), que em junho ficou em 75 no socorro mecânico e 73 no serviço de reboque.
Além da transparência, Hugo reforçou o compromisso da empresa com atendimento humanizado. “Tratar bem o terceiro é abrir caminho para ele virar segurado. Nosso foco é colocar as pessoas em primeiro lugar — clientes, corretores e parceiros”, concluiu.
