Com o dólar em queda, aumento da renda e a menor taxa de desemprego da série histórica, os brasileiros têm buscado mais experiências internacionais. Segundo dados de setembro da SulAmérica, os Estados Unidos lideram o ranking dos destinos internacionais com maior número de contratações de seguro viagem, seguidos por Argentina e Chile. A América concentra 82,1% das apólices emitidas para viagens ao exterior.
De acordo com o diretor de Vida e Previdência da SulAmérica, Victor Bernardes, o seguro viagem vem se consolidando como item essencial no planejamento do turista. “Ele permite que a pessoa aproveite experiências no exterior e também dentro do Brasil com a segurança de estarem protegidos contra imprevistos, evitando prejuízos financeiros e preocupações durante a viagem”, afirmou.

Um levantamento da Serasa Experian reforça essa tendência. Segundo o estudo, 40,7% dos brasileiros pretendem aumentar os gastos com lazer e viagens nos próximos anos. Além disso, 20% dos entrevistados já se consideram consumidores experienciais — perfil que prioriza vivências em vez de bens materiais.
O setor de seguros acompanha esse movimento. Dados da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) indicam que o seguro viagem arrecadou R$ 488 milhões até junho de 2025, o que representa um crescimento de 13,1% em comparação com o mesmo período de 2024.
As indenizações também aumentaram no mesmo intervalo, passando de R$ 78,7 milhões para R$ 94,2 milhões — alta de 19,7%. O desempenho coloca o seguro viagem como um dos destaques do grupo de Seguros de Pessoas. Enquanto o segmento geral cresceu 8,3%, o seguro viagem superou a média, avançando mais que o seguro de vida (10,5%) e o seguro prestamista (5,4%).
Segundo o diretor da SulAmérica, o seguro viagem garante proteção em diversas situações além das despesas médicas e hospitalares. “Garante assistência em caso de extravio ou atraso de bagagem, reembolso ou apoio em casos de cancelamento ou adiamento de voos, e até suporte jurídico quando necessário, proporcionando segurança para imprevistos que podem ocorrer no exterior”, disse Bernardes.
Ele destaca ainda que o produto é importante para diferentes perfis de viajantes, sendo indispensável para famílias com crianças, estudantes em intercâmbio, turistas de compras e profissionais em viagens de negócios.
Mesmo com o câmbio mais favorável, os custos de saúde nos EUA permanecem elevados. “Uma simples consulta de emergência pode superar US$ 300, enquanto uma diária hospitalar pode ultrapassar US$ 4 mil em cidades como Nova York ou Miami. Nesse cenário, o seguro viagem deixa de ser opcional para se tornar indispensável”, concluiu Bernardes.