Realizado nos dias 11 e 12 de novembro de 2025, no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, o CQCS Insurtech & Inovação 2025 consolidou mais uma vez sua posição como maior espaço de debates sobre o futuro do mercado de seguros na América Latina.
Ao longo de dois dias, executivos de seguradoras, líderes de tecnologia, insurtechs, assessorias e corretores de diversas regiões do país circularam pelos auditórios e pela área de exposição, em busca de soluções capazes de transformar a experiência do cliente e impulsionar o setor.
A edição deste ano teve como pano de fundo o tema “O novo mercado de seguros” e foi marcada por uma programação intensa, que combinou keynotes, painéis simultâneos e espaços dedicados à demonstração de tecnologias aplicadas ao seguro. A organização projetava a presença de cerca de 3 mil congressistas e aproximadamente 180 palestrantes, entre eles 35 CEOs e 37 lideranças femininas, reforçando o caráter estratégico do encontro e a preocupação em ampliar a representatividade nos debates.
Logo na abertura, as falas dos organizadores e convidados internacionais deixaram claro que a inteligência artificial já não é um tema do futuro, mas uma realidade que atravessa todas as áreas do negócio: da subscrição à regulação de sinistros, passando pelo atendimento omnicanal e pelas rotinas operacionais nas corretoras. Em diferentes painéis, especialistas mostraram como o uso intensivo de dados e algoritmos vem redesenhando processos, reduzindo fricções e abrindo espaço para modelos mais personalizados de proteção. A cobertura especial do CQCS em seu canal de vídeos destacou exatamente esse ponto: o papel da IA como vetor de transformação estrutural do setor de seguros.
Outro eixo forte dos debates foi a combinação entre tecnologia, meios de pagamento e experiência do cliente. Representantes de players globais de meios de pagamento chamaram atenção para a importância de jornadas fluidas, nas quais cotação, contratação e cobrança acontecem de forma integrada, com menos etapas e mais transparência. A visão compartilhada por executivos de grandes grupos seguradores é que a inovação em pagamentos deixa de ser apenas um tema operacional e passa a ser elemento central da estratégia de relacionamento, em especial nos canais digitais.
A programação também deu destaque à diversidade e inclusão, tanto no público quanto nos palcos. Iniciativas como programas específicos para ampliar a presença negra na cadeia de seguros, ações voltadas à participação feminina em posições de liderança e a preocupação com acessibilidade foram frequentemente citadas nas matérias prévias e na cobertura de parceiros de mídia. A discussão sobre diversidade apareceu conectada à própria sustentabilidade do negócio: um mercado mais plural tende a entender melhor as diferentes realidades dos clientes e, consequentemente, criar produtos mais aderentes às necessidades da população.
Na frente de negócios, o evento manteve um dos seus grandes diferenciais: a ExpoInsurtech, área que reuniu dezenas de empresas de tecnologia, seguradoras, startups e provedores de serviços. Ali, foram apresentados cases de automação comercial, ferramentas de atendimento com assistentes digitais, soluções de telemetria, plataformas para gestão de sinistros, produtos de seguro por assinatura e inovações em assistência 24 horas. A participação de grupos como MAG, Allianz, Europ Assistance, Copart e ENS, entre outros, reforçou o peso institucional do encontro e o interesse do mercado em conectar inovação com escala.
Um capítulo à parte foi o papel das assessorias de seguros. Reportagens produzidas durante o evento destacaram como essas estruturas vêm se tornando peças-chave na difusão de tecnologia junto a corretores pequenos e médios, ajudando na adoção de novas plataformas, na capacitação das equipes e na construção de soluções combinadas entre seguradoras e canais de distribuição. A presença das Aconsegs regionais, com agenda própria e participação em painéis, evidenciou que levar inovação para a ponta passa necessariamente por fortalecer esse elo da cadeia.
Ao final dos dois dias, a sensação geral registrada nas matérias do próprio CQCS é a de que o evento não apenas acompanhou o ritmo de transformação do mercado, como ajudou a projetar os próximos passos. A organização já fala em “grandes transformações” para 2026, sinalizando que temas como inteligência artificial generativa, open insurance, sustentabilidade, novos modelos de distribuição e educação do consumidor devem ganhar ainda mais protagonismo nas próximas edições. Para quem vive o dia a dia da corretagem, das seguradoras e das insurtechs, o recado que fica é claro: a inovação em seguros deixou de ser pauta lateral e passou a ser o centro da conversa sobre competitividade, relevância e crescimento do setor.
Foto: CQCS


